terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Na madrugada suja do frio inverno, revejo o meu reflexo em espelhos quebradiços - uma mulher com uma alma sombria, um coração combatido por ímpetos subitâneos e com inexplicáveis paralisias de vontade. Recordo, outrora, dos violentos amores sentidos em que não admitia estorvos e que não consentia contradições, a ponto de abdicar-me em prole da felicidade de outros. Se este amor, sentido numa hora de perfeição inefável e sagrada, pudesse durar uma eternidade o meu mundo não se teria tornado num enorme pântano profundo.
Mas, até o amor nos mente...!
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